terça-feira, 1 de setembro de 2009


Manuel José de Araújo Porto-alegre



Manuel José de Araújo Porto-alegre, primeiro e único barão de Santo Ângelo (Rio Pardo, 2 de novembro de 1806 — Lisboa, 29 de dezembro de 1879oi um escritor do romantismo, pintor, caricaturista,arquiteto, crítico e historiador de arte, professor e diplomata brasileiro.Filho de Francisco José de Araújo e Francisca Antonia Viana, seu nome de batismo era Manuel José de Araújo, modificado para Pitangueira por espírito nativista, quando da Independência e, mais tarde, chegando à forma definitiva: Manuel de Araújo Porto-alegre, sendo equivocada a grafia Manuel de Araújo Porto-Alegre que alguns de seus biógrafos utilizam.
Porto-alegre chega ao Rio de Janeiro em janeiro de 1827, para matricular-se na Escola Militar do Rio de Janeiro. Estando, porém, a escola fechada, em férias, e como tinha noções de pintura e desenho (tendo sido, inclusive, pintor de cenários de teatro) e se matricula na Academia Imperiale Belas Artes, onde foi aluno de Jean Baptiste Debret.
Em 25 de julho e 1831 viaja para Paris, em companhia de seu mestre e amigo Debret, que deixava definitivamente o Brasil. Na Europa, estuda na Escola de Belas Artes de Paris e viaja pela Itália, Inglaterra, Países Baixos e Bélgica. Volta para o Rio de Janeiro em maio de 1837 e passa a desenvolver atividades variadas como arquiteto, professor de desenho, poeta e, inclusive, crítico e historiador de arte, área na qual também é considerado como fundador da disciplina no Brasil.
Patrono da cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, Araujo Porto-Alegre ganhou nome de rua na cidade do Rio de Janeiro, justamente a rua onde fica a sede da histórica Associação Brasileira de Imprensa. Manuel de Araújo Porto-alegre foi vereador no Rio de Janeiro, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e nomeado diretor da Imperial Academia de Belas Artes em 1854, cargo que ocupou até 1857, quando iniciou sua carreira diplomática, primeiramente na Prússia, depois em Dresden (1860) e Lisboa, onde chegou em 1866 e permaneceu até sua morte. Em Lisboa recebeu o imperador Dom Pedro II, quando este saiu em viagem de férias pelo mundo.
Em 1865 encontrava-se em Dresda, na Alemanha, exercendo função diplomática. De lá, escreveu uma carta a seu amigo Joaquim Manuel de Macedo, que era professor dos filhos da Princesa Isabel Nessa carta ele se declara espírita e fala de suas psicografias recebidas do Plano Espiritual, e conta que a Princesa Isabel lhe perguntou "quem é meu espírito protetor". A carta se encontra arquivada no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro e contém 12 páginas manuscritas. [1]
Em 1874 foi homenageado pelo imperador D. Pedro II com o título de Barão de Santo Angelo.
Casou no Rio de Janeiro em 1838 com Ana Paulina Delamare, baronesa de Santo Ângelo, falecida no Rio de Janeiro em 1901. Tiveram cinco filhos, dentre estes Carlota Porto-alegre, que foi a mulher do pintor Pedro Américo, Paulo Porto-alegre, diplomata.Era amigo e concunhado de Guilherme Schüch,Barão de Capanema,Casado com Eugenia Amelia Delamare.
Seus restos mortais foram trazidos ao Brasil em 1922.


Mariana (22)

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